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Do CORREIO - Além do assassinato de Raíssa Sotero Rezende, 14 anos, a polícia de Pernambuco também está investigando quem divulgou e espalhou o vídeo que mostra o momento em que o crime é cometido.
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A jovem foi torturada durante duas horas por outras duas adolescentes, de 15 anos, na praia de Maria Farinha, bairro de Paulista, na Grande Recife, e acabou morrendo.
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As imagens que mostram a garota torturada e afogada se disseminaram pelas redes sociais pouco depois do assassinato, ocorrido na terça-feira (25). As informações são do Sistema Opinião.
Segundo as investigações, Raíssa foi morta por sua ex namorada, que não aceitava o término do relacionamento. A suspeita foi apreendida junto com outra adolescente que também teria participado da ação.
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O compartilhamento de conteúdos mostrando pessoas mortas é considerado crime pela lei brasileira. O responsável pela publicação das imagens pode ser enquadrado no artigo 212 do Código Penal, que prevê o crime de vilipêndio de cadáver e estabelece pena de uma a três anos de prisão e multa.
Entretanto, até este momento a polícia tem poucas informações sobre em que celular o vídeo foi gravado e quem estaria de posse do aparelho.
Mãe presta depoimento
Nesta sexta-feira (28), a mãe e um rapaz identificado como namorado de Raíssa prestaram depoimento.
Embora a autoria já esteja esclarecida, ainda há alguns pontos que precisam ser buscados no inquérito, como a eventual participação de outras pessoas que podem ter ajudado a levar a adolescente ao local onde ela foi morta, além de uma possível premeditação do assassinato.
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Como há informações desencontradas dando conta de que Raíssa teria entrado em um carro nas proximidades da escola onde estudava e também relatos de testemunhas afirmando que ela teria sido vista em um ônibus em companhia de uma das suspeitas, o delegado requisitou imagens das câmeras de segurança da empresa de transporte que faz a linha em que elas teriam embarcado.
A companhia, porém, avisou que as imagens só ficam guardadas no sistema por 24 horas, e depois são automaticamente deletadas.
Muito abalada, a mãe da adolescente precisou ser amparada pelos policiais para conseguir entrar nas dependências da delegacia. Em entrevistas logo depois do sepultamento da filha, ela contou que Raíssa manteve, por cerca de um ano e meio, um relacionamento com uma das suspeitas.
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Ela descreveu o namoro como abusivo e relatou que a adolescente era agredida física e psicologicamente, e que Raíssa chegou a mudar de comportamento com os familiares.
Ao terminar a relação, a garota teria sofrido perseguição, mesmo depois de começar a se relacionar com o atual namorado, de 23 anos.
De acordo com o delegado Álvaro Muniz, uma das principais dificuldades enfrentadas por ele é a falta de testemunhas dispostas a colaborar com as investigações.
Mesmo com várias pessoas afirmando, durante o velório, ter informações sobre o caso, elas estão com medo e não procuraram a polícia para dar detalhes que podem ajudar no inquérito.