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Do G1 Paraiba - O estudante João Vitor Fontes da Silva, de 18 anos, que foi morto a tiros na noite da quarta-feira (1º), disse à família que não queria ir para a escola onde aconteceu o crime, segundo informou o pai dele em entrevista à TV Cabo Branco.
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“Quando a mãe dele saiu para trabalhar, na noite de ontem, ele disse para ela que não queria ir para o colégio e a mãe dele disse: ‘vá para o colégio, meu filho’”, disse José Carlos Fontes da Silva, pai de João Vitor.
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O crime aconteceu dentro da Escola Cidadã Integral Cineasta Linduarte Noronha, em Gramame, em João Pessoa. Segundo a Polícia Militar, o suspeito estava mascarado quando pulou o muro da escola e entrou em uma sala de aula procurando pela vítima, que conseguiu correr e tentou se esconder em outra sala, antes de ser executado.
José Carlos contou que o filho não tinha envolvimento com crimes e que era querido pelas pessoas do bairro. “Era um menino bom, todo mundo aqui gostava do meu filho. No fim de semana eu levei ele para acompanhar o jogo do Auto Esporte, todo mundo tirou foto com ele, era muito querido”, disse.
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O tenente Marcone, da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, falou que o crime se trata de execução. “Pelo modo que chegaram, pular o muro de um colégio e executar o aluno na sala de aula, é porque alguma coisa tem. Até porque o próprio acusado já sabia o nome do jovem e entrou procurando por ele”, disse o policial.
Nas redes sociais, a última postagem feita por Vitor foi um stories no Instagram, com um texto bíblico onde ele pedia proteção. "senhor, jamais deixe cair, derrame sobre mim a sua luz e esperança e me livre de todo o mal", diz o texto compartilhado pela vítima.
Última postagem feita por João Vitor nas redes sociais foi uma passagem bíblica pedindo proteção — Foto: Reprodução/Instagram
Conforme o pai da vítima, a polícia apreendeu a sandália e a máscara usadas pelo suspeito, e que a escola tem câmeras que podem ter filmado a ação. “Eu não sei o motivo do crime, está em investigação, mas com certeza vamos descobrir quem fez isso”, contou.
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Em nota por volta de 8h, a Secretaria de Estado da Educação diz que "lamenta profundamente o ocorrido e assim como a gestão escolar, está colaborando com todo o necessário para a investigação policial e prestando assistência à família e à comunidade escolar". A secretaria diz ainda que "a escola tinha vigilância e monitoramento por câmera, e nenhum histórico de violência".
Carreira interrompida
João Vitor havia sido contratado há pouco menos de um mês pelo Santa Fé Futebol Clube, do Recife, em Pernambuco. Conforme o site do clube, o time foi fundado em 2021 com o compromisso de formar equipes oficiais exclusivamente com atletas oriundos de projetos e movimentos sociais, futebol de várzea e comunidades carentes.
“Ele assinou o contrato há pouco tempo, ia estrear agora, já estava com jogo marcado. Tínhamos muitas expectativas para ele”, disse José Carlos.
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Wilker Cavalcanti, diretor do Santa Fé Futebol Clube, explicou que a estreia de João Vitor teria acontecido no dia 29 de maio, mas por conta das fortes chuvas em Recife, o jogo não aconteceu e a partida foi adiada para o dia 1º de junho. João Vitor poderia ter estreado nesta quarta-feira e, portanto, não estaria na escola no momento do crime. No entanto, novamente por conta das chuvas, a partida não aconteceu e foi remarcada para o dia 19 de junho.
"João era parte do time, jogaria como titular, já estava treinando como titular. Há uma semana e meia ele veio até Recife, assinamos o contrato profissional dele, registramos ele no BID como atleta do Santa Fé Futebol Clube", revela Wilker Cavalcanti.