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Nordeste
Perfil de blogueira assassinada no Nordeste ganha 38 mil seguidores após o crime; Psicanalista explica
Bruna foi assassinada na frente de um bar, no mês de março. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Publicado em 03/09/2022 10:53

Foto/Reprodução

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Do G1 - O perfil no Instagram da blogueira Bruna do Nascimento Marques Maciel, de 21 anos, morta a tiros no Ipsep, na Zona Sul do Recife, ganhou 38 mil seguidores após o crime. "É como se a gente tivesse mantendo a pessoa viva", explica o psicanalista Bruno Severo Gomes, professor da disciplina eletiva “Morte e Morrer” na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Bruna foi assassinada na frente de um bar, no mês de março. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

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Bruna Marques tinha 105 mil seguidores quando o crime aconteceu, na segunda-feira (21) — Foto: Reprodução/Instagram

Bruna Marques tinha 105 mil seguidores quando o crime aconteceu, na segunda-feira (21) — Foto: Reprodução/Instagram

Na segunda-feira (21) dia do crime, a conta de Bruna na rede social tinha 105 mil seguidores. Nesta terça, até a última atualização desta reportagem, somava 143 mil pessoas. Alguns internautas expressaram espanto com o aumento repentino no número de seguidores após a morte de Bruna.

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"A menina morre e o povo começa a seguir. Isso sempre acontece. Queria entender esse povo que segue as pessoas só depois que morrem", comentou um deles. "Eu estava falando sobre isso hoje no trabalho, lamentável", disse outro.

Conta de Bruna tinha 105 mil seguidores antes do crime e somava 143 mil pessoas até esta terça (22) — Foto: Reprodução/Instagram

Conta de Bruna tinha 105 mil seguidores antes do crime e somava 143 mil pessoas até esta terça (22) — Foto: Reprodução/Instagram

O psicanalista Bruno Severo Gomes explica que a morte ainda é um tabu na sociedade. Segundo ele, as pessoas, ao perceberem que a vida tem um fim, começam a fazer uma análise da própria existência.

"Seguir pessoas que morreram nas redes sociais, uma pessoa conhecida, um artista, acaba sendo uma forma de dar sentido a nossa vida. Também é uma forma de manter aquela pessoa viva, presente na nossa vida", destacou. 

"Isso também faz parte do processo de elaboração da morte. A pessoa vai fazendo como se fosse a digestão da morte. A gente acaba também desenvolvendo esse hábito e relacionando essa dor da perda, com essas manifestações nas redes sociais, como comentários e homenagens", disse.


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